V FLIMAR

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12 a 15 de NOVEMBRO de 2014

quarta-feira, 21 de maio de 2014

HISTÓRIAS DO VELHO CAPITA - Crônica semanal - Carlito Lima - curador da V FLIMAR

                               EM CLIMA DE COPA
                                                               


Comprei, bandeira para estende-la na varanda, calção azul, sandália, cueca, além da camisa amarela da seleção brasileira. É aquela história, não acredito em bruxas, mas, que existem, existem! Assistirei aos jogos do Brasil com o mesmo calção, camisa, cueca. O Mundo de olho no Brasil. Recentemente em Buenos Aires dei uma palestra, no final o assunto foi a Copa do Mundo, todos queriam saber como estão os preparativos, se é verdade o clima de violência e outras notícias. Minimizei os problemas, uma boa imagem do Brasil no exterior é importante. Torço e tenho certeza, a Copa no Brasil será bem organizada e alegre, apagará essa imagem negativa, sou um patriota otimista que nem o Policarpo Quaresma, incorrigível.

Fanático por Copa do Mundo, a minha primeira foi em 1950, menino, 10 anos, chorei naquele domingo fatídico, o Brasil precisava apenas de um empate, fez 1 x 0, terminou perdendo, 2 x1 para o Uruguai, campeão dentro do Maracanã, uma tragédia.  Em 1954 na Suíça, a maior lembrança vem do jogador Puskas da Hungria, dínamo daquela seleção que assombrou o mundo com goleadas espetaculares, na final deu-se o milagre de Berna, Alemanha foi campeã, perdendo de 2 x 0, virou o jogo, 3 x 2. Puskas era capitão do Exército,  em 1956 houve a Revolução Húngara,  revolta espontânea contra o governo comunista da Hungria. Depois de anunciar a disposição de negociar a retirada das forças soviéticas, a União Soviética mudou de idéia, entrou em Budapeste esmagando a resistência armada. Puskas exilou-se na Espanha, tornou-se o melhor jogador do Real Madrid de todos os tempos. Em 1958, eu estudava na Escola de Cadetes de Fortaleza, acompanhei pelo rádio a fascinante seleção que acabou com complexo de cachorro vira-lata do brasileiro, como disse Nelson Rodrigues. Foi a grande vitória de um conjunto comandado em campo por líderes, Nilton Santos, Didi, Zito. O técnico Vicente Feola teve a felicidade  em escalar Pelé e Garrincha no terceiro jogo por imposição desses líderes, Brasil ganhou a primeira Copa, na Suécia. Em 1962, no Chile, o Brasil repete, bicampeão mundial, uma final belíssima contra a Tchecoslováquia, Brasil 3x 1, eu, tenente servindo na Bahia, comemorei com Ângelo Roberto no Mercado Modelo até o dia amanhecer. Copa de 1966 o Brasil calçou sapato alto desde a convocação, para valorizar jogadores brasileiros, foram convocados 47. Estreou  contra a Bulgária, ganhou 2 x 0, foi o último jogo do Brasil com Pelé e Garrincha, nunca o Brasil perdeu com os dois jogando juntos. 1966, o maior vexame da história, perdemos para Portugal e Hungria, desclassificado no início, assisti aos jogos pelo rádio, eu servia na 9ª Companhia de Fronteira em Roraima. Em 1970 o Brasil no México arrasou, um belo tricampeonato, um dos melhores times da história do futebol. Pela primeira vez foi televisionado, assisti em uma simples TV preto e branco, era recém casado, capitão, servia na 20ª CSM em Maceió. Em 1974 o Brasil ficou no caminho, pegou o carrossel holandês comandado por Cruyff, nessa época eu havia deixado o Exército, era Prefeito de Barra de São Miguel. Em 1978 na Argentina iniciou a era Zico, mais três copas sem o Brasil ganhar. Para Argentina ser classificada no lugar do Brasil precisava ganhar de 4 x 0 do Peru, deu de 6 x 0, foi à final contra a Holanda, ganhou seu primeiro mundial. Em 1982 o Brasil armou uma das mais brilhantes seleções na Espanha, Sócrates, Zico, Cerezo, Falcão, entre outros, não souberam ganhar. Em 1986 a Colômbia abriu mão de realizar a Copa, foi para o México, Maradona deu o campeonato para Argentina. Em 1990 a Itália organizou a Copa, o Brasil um time medíocre, não teve chance, Alemanha campeã, em cima da Argentina,  1 x 0, gol de pênalti. Em 1994 o Brasil volta a ser campeão do Mundo, Copa dos USA, com Romário e Bebeto fazendo dupla no ataque, inesquecível o gol de falta de Branco contra a Holanda, classificou o Brasil para final contra a Itália. Ganhamos nos pênaltis.  1998 na França o Brasil chegou a final, amarelou, perdemos de 3 x 0 para os franceses. Em 2002 no Japão eis que o Brasil levanta a taça pela quinta vez, inesquecível o gol de falta de Ronaldinho contra a Inglaterra.  Em 2006 na Itália e em 2010 na África do Sul fomos medíocres, perdemos. O Brasil tem uma boa equipe competitiva, resta torcer em 2014. Abaixo a baixa estima! Estou em clima de Copa.

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