V FLIMAR

V FLIMAR
12 a 15 de NOVEMBRO de 2014

sábado, 30 de agosto de 2014

HISTÓRIAS DO VELHO CAPITA - Carlito Lima - Curador da FLIMAR

                                                 PAPILLON
     

Albuquerque frequenta a academia duas a três noites por semana, vício em nadar, contínuas braçadas, relaxar antes de dormir. Certa noite depois da natação, dormiu feito um menino, roncou feito um bode, teve um sonho, surreal, quase pesadelo. Ele se aproxima por trás de uma mulher, costa nua, na nuca tatuada uma borboleta colorida, asas abertas, num impulso ele estende a mão tentando alcançar a mulher, de repente a borboleta tatuada levanta voo batendo as asas por cima de seu nariz, nesse momento a mulher vira-se, não tem rosto definido, falta-lhe nariz e boca, apenas dois olhos cinzas olham nos seus olhos, ele se assusta. Acordou-se ofegante, excitado, o nariz irritado, coçando. Sonhou algumas noites seguidas, a mesma mulher, a borboleta, o nariz coçando. O sonho ficou nítido em sua mente, coisa rara, durante o dia tentava interpretar a história, tinha certeza, conhecia aquela tatuagem, tinha visto a borboleta colorida num pescoço, não recordava a pessoa.
  À noite custava a adormecer pensando no sonho. Tentou relaxar, apelou para cinema, andar na praia, escrever, saiu com casais amigo, bebeu além da conta, dormiu feito um príncipe, entretanto, o mesmo sonho veio-lhe na madrugada. Consultou a um psicólogo amigo, a conversa de uma hora não deu resultado prático. A nuca tatuada não lhe saía da cabeça durante o dia,nem nos sonhos durante a noite.
      Foi à natação relaxar, a academia repleta de jovens, velhos, mulheres, exercitando ou nadando. Albuquerque nadou ininterruptamente oito piscinas, ao terminar 200 metros, boa marca para um sessentão, segurou-se na borda, pequeno descanso. Ele notou na raia vizinha uma mulher fazendo exercício de respiração, mergulhava, soltava o ar, emergia, respirava novamente. Seu coração disparou, entre surpreso e emocionado, avistou por trás do pescoço da mulher, a tatuagem, a borboleta colorida. Encantado, extasiado ao ver a nuca tatuada, tentou conter a emoção, não pode conter o olhar insistente à nadadora, mulher madura, bem conservada, nem bonita, nem feia, ele olhava fixamente a borboleta. Certo momento ela tirou os óculos, olhos cinzas, segurou a escada da piscina, subiu. Albuquerque teve certeza, era a mulher do sonho. Ele também subiu, acompanhou-a discretamente, aproximou-se, num impulso puxou conversa.
  - Essa borboleta tatuada me lembrou um livro, Papillon, a história de um preso fugitivo na Guiana Francesa, ele tinha uma borboleta tatuada, era conhecido como Papillon, borboleta em francês.
  - Interessante, eu gostaria de ler, qual livraria tem esse livro ?
-  Posso lhe emprestar, a senhora vem quando por aqui na academia?
- Toda noite eu nado a partir das sete horas.
- Amanhã trago o livro, a senhora vai gostar, tenho certeza. Fizeram um filme com o Dustin Hoffman.
- Até amanhã, despediu-se a nadadora entrando no carro.
Albuquerque ao chegar em casa tomou um bom café, conversou com Natália, a esposa, estava tranquilo, satisfeito. Procurou "Papillon", não encontrou, ficou especulando, lembrou, havia doado alguns livros a uma Biblioteca Comunitária. Nessa noite teve o mesmo sonho, mudou um detalhe, o rosto da mulher era visível, a nadadora.
Dia seguinte pela manhã foi à biblioteca, estava o livro, a bibliotecária emprestou-lhe. À noite, antes das sete ele nadava, ao avistar a mulher, alegrou-se, cumprimentaram-se, trouxe o livro, disse-lhe arrancando um sorriso, saíram juntos da piscina, conversaram na lanchonete por meia hora. Na outro dia conversaram mais. Ela, professora de música, divorciada, dois filhos, não queria compromissos, gostava de ler, estava adorando o livro. Nessa noite, durante o sonho ele abraçou a nadadora, acordou-se excitado, agarrado à esposa, Natália gostou.

De conversa em conversa à beira da piscina, tornaram-se amigos, dois adultos, ele não teve dúvida em contar a história do sonho, confessou, só deixava de ter o sonho quando beijasse a borboleta, ela gargalhou. Marcaram encontro na outra tarde. Amizade colorida, sem compromisso, assim acertaram.  Albuquerque não sonha mais com a mulher sem rosto, entretanto, em algumas tardes deliciosas, ao vivo e a cores beija a borboleta tatuada. Com carinho sussurra ao ouvido da nadadora, "Minha Papillon".

JANAÍNA AMADO (SOBRINHA) E PALOMA AMADO(FILHA) VÃO CONTAR A VIDA FAMILIAR DE JORGE AMADO NA TARDE DO DIA 15 DE NOVEMBRO NA V FLIMAR



FERNANDA GUIMARÃES VAI CANTAR DJAVAN NA SEXTA-FEIRA DIA 14 NOVEMBRO - SHOW NOTURNO DA V FLIMAR


DAR LIVROS


terça-feira, 26 de agosto de 2014

PROGRAMAÇÃO DA V FLIMAR NO AUDITÓRIO SANTA MARIA MAGDALENA DA ALAGOA DO SUL - 12 A 15 NOVEMBRO.



COMEMORAÇÃO DOS 125 ANOS DA PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA
HOMENAGEADO: DJAVAN - PROGRAMAÇÃO
            
DIA 12 DE NOVEMBRO (QUARTA-FEIRA)
              ABERTURA DA V FLIMAR

AUDITÓRIO ESPAÇO CULTURAL ALAGOA DO SUL

ABERTURA DA 5ª FLIMAR
18:00 - Recepção aos convidados – Banda Filarmônica Nossa Senhora de Boa Viagem e Nelson da Rabeca
19:00 – Cerimonial de Abertura da 5ª FLIMAR pelo Prefeito Cristiano Matheus.
- Hino Nacional - Cantado à capela pela soprano Elvira Regina.
19:30 – Palestra de abertura: DJAVAN, o poeta ( Maria Heloísa Moraes) ( 20 minutos)

PALCO DO ADRO DO CONVENTO
20:30 - Concerto - Sociedade Filarmônica Santa Cecília ( 104 ANOS)
21:30 - Concerto - Camerata Juvenópolis Maestro Max Carvalho e Soprano Elvira Regina.

DIA 13 DE NOVEMBRO ( QUINTA-FEIRA)

AUDITÓRIO ESPAÇO CULTURAL ALAGOA DO SUL

09:00 - 10:15  - EDUCAÇÃO PATRIMONIAL (IPHAN) - Leonardo Barci Castriota - Adriana Guimarães - Mário Aloísio - Mediadora: Greice Lopes

10:15 - 11:00 - ITINERÁRIOS DE MARECHAL DEODORO - Anna Maria Soares (UFAL) - Mediadora Fernanda Gueiros

11:00 - 12:00 - "A ARTE DA GUERRA" na Literatura e no dia a dia - Uchoa de Moura - Cássio Cunha. Mediador: Carlito Lima

12:00 - 12:30 - A CORTE INFILTRADA, o livro - Andrea Nunes - Mediador:  Maurício Melo Júnior

14:00 - 15:00 - POESIA PARA QUE E PARA QUEM? - Roberval Pereyr - José Inácio Vieira de Melo - Carla Nobre - Mediador: Ricardo Cabus

15:00 – 16:00 – VIDA DE ATRIZ E ESCRITORA ( VIVER A IMAGINAÇÃO) - Íttala Nandi - Mediador: Ovídio Poli Júnior

16:00 - 17:00 - "O MOVIMENTO LITERÁRIO ALAGOANO NOS ANOS 30" - Maurício Melo Júnior - Luiz Gutemberg - Mediadora: Vera Romariz.

17:00 - 18:00 - "A MAGIA DA CRÔNICA COMO ESTILO LITERÁRIO" - Joaquim Ferreira dos Santos- Mediadora: Vera Romariz

18:00 - 19:00 - "ENTRANDO NA LITERATURA COM O GRUPO "OS CAMALEÕES" -PEDRO BIAL, LUIZ PETRY E CLAUFE RODRIGUES" - Claufe Rodrigues - Moderador: Ovídio Poli Júnior.


DIA 14 DE NOVEMBRO (SEXTA-FEIRA)

AUDITÓRIO ESPAÇO CULTURAL ALAGOA DO SUL

09:00 -09:30 - POESIA PARA COMEÇAR O DIA - Carla Nobre, Clarissa Macedo,  Cosme Rogério, Roberval Pereyr.

09:30 - 10:00 - ULISSES GALOPA EM MINHAS VEIAS - Recital de José Inácio Vieira de Melo

10:00 – 11:00  – "O VALOR ECONÔMICO DA LÍNGUA PORTUGUESA" - Fernando Luís Machado (Lisboa). Mediador: Edgar Barbosa.

11:00 - 12:00 - "CULTURA CONTEMPORÃNEA E DIPLOMACIA CULTURAL: CASO DA CASA DA AMÉRICA LATINA DE LISBOA"- Maria Xavier (Lisboa). Mediador: Bernardino Nogueira.

12:00 - 12:30 -  "POESIA ANTES DO ALMOÇO" - José Inácio Vieira de Melo, Roberval Pereyr, Carla Nobre, Clarissa Macedo, Cosme Rogério.

14:00 - 15:00 - "A OBRA DE DJAVAN SOB A ÓTICA AMBIENTAL" – Graziella Fritscher. Mediador: Cássio Cavalcante

15:00 – 16:00 – “A METÁFORA NA MÚSICA DE DJAVAN” – Maria Heloísa de Moraes. Mediador: Luis Gutemberg.

16:00 – 17:00 – "DJAVAN, POESIA E MÚSICA" - Ricardo Cravo Albin - Mediador: Maurício Melo Júnior.

17:00 – 19:00– ENTREVISTA AO VIVO COM DJAVAN – Ricardo Cravo Albin – Goretti Lima –Luiz Gutemberg - Graziela Fritscher –  Alessandra Vieira - Cássio Cavalcante - Mediador: Rodrigo Cavalcante

19:00 - ENTREGA DO PRÊMIO DE CONTOS: "DJAVAN PARA CANTAR E CONTAR"

DIA 15 DE NOVEMBRO ( Sábado)

PALÁCIO PROVINCIAL (PREFEITURA MUNICIPAL) E ORLA
8:00 - 13:00 - Transferência da Capital e Governo do Estado para Marechal Deodoro

AUDITÓRIO ESPAÇO CULTURAL ALAGOA DO SUL

10:00 - 11:00  - "A DIFERENÇA ENTRE TEXTO COMUM E A LITERATURA" - Cássio Cavalcante.Mediadora: Miriam Salles

11:00 -12:00  – "A IMPORTÂNCIA DOS CONCURSOS LITERÁRIOS NA LITERATURA - Caso da OFF FLIP" - Vinicius Rivas Alves - Eder Rodrigues da Silva. Mediador: Ovídio Poli Júnior


14:00 - 14:30  - "PROCESSO DE CONSTRUÇÃO - HISTÓRICO DA CIDADE DE MARECHAL DEODORO" - Josemary Ferrare - Mediadora: Fernanda Gueiros

14:30 - 15:30 - O JORGE AMADO POUCO CONHECIDO - Janaína Amado - Paloma Amado- Luiz Gutemberg - Mediador: Ovídio Poli Júnior

15:30 - 16:30 - "1889" - Laurentino Gomes - Mediador Maurício Melo Júnior

16:30 – 17:30 – "O CAVALO DE MICHELANGELO" - Marina Colasanti - Mediador: Maurício Melo Júnior

17:30 - 18:30 - "TURISMO, CULTURA E LITERATURA" -  Vinicius Nobre Lages - Mediador: Vinicius Palmeira


- ENCERRAMENTO DA V FLIMAR PELO PREFEITO CRISTIANO MATHEUS - ENTREGA DO PRÊMIO BRASKEM-FLIMAR – 2014, destinado à personalidade com história de vida dedicada à cultura e à arte alagoana. Em 2014 é agraciado é o historiador Douglas Apratto. - HOMENAGEM A DJAVAN

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

UM TEXTO DE CARLITO LIMA - CURADOR DA V FLIMAR

MANHÃ DE SÁBADO NA JATIÚCA



                          Sábado, irresistível e luminosa manhã ensolarada no rigoroso inverno nordestino. Vestindo um velho calção de banho, sandália havaiana, desço à praia, o dia para vadiar. Sento-me à mesa no Acarajé da Irmã, em frente ao Hotel Meliá, sem camisa, pés descalços, areia morna, fofa, branca. Faço um reconhecimento geral, avisto o mar azul esverdeado encontrando o céu no infinito, praia cheia, crianças, velhos, ambulantes, em torno de minha mesa algumas mulheres deitadas, pegando sol, um toque de sensualidade entre os banhistas, sinto-me em casa, é minha praia. Faço o pedido.
     -" Irmã, um acarajé só com camarão, sem pimenta, cerveja gelada"
Nesse momento encosta um bêbado amigo, abrindo os braços, sorrindo, tentando me cativar.
     - "Assisti sua entrevista na televisão, me dê seu novo livro, quero ler, deixe aqui, no Acarajé." Senta-se sem cerimônia na cadeira vizinha, chega-se a meu lado, recita um poema de Bandeira, puxa conversa. É letrado, não sei a causa, caiu no alcoolismo, semana passada paguei-lhe uma lata de Pitu às 8 horas da manhã no supermercado. A irmãzinha trouxe o acarajé e cerveja, dou R$ 10,00 ao bêbado, satisfeito, feliz, ele parte em busca de uma dose. Meu amigo é inteligente, deve ter uma historia interessante, qualquer dia descubro.
    Acarajé crocante, saboroso, recheio de camarão, a cerveja gelada desce junto, aumenta o prazer. Ambulantes passam, param, oferecem variadas mercadorias, óculos escuros, sanduíche natural, amendoim, caipirosca, brinquedo, casquinha de siri, pulseiras e brincos. São heróis do Brasil real, sobrevivem, sustentam a família, trabalhando na areia quente, oferecendo  artigos diversos, sempre de bom humor, peculiaridade de nosso povo, merecedor de melhor qualidade de vida, de um país mais justo, sem essa cruel diferença entre classes sociais, e privilégios de poucos.
      Estava em meus devaneios socialistas quando elas chegaram. Eram três jovens, se assim posso chamar mulheres passando dos 30 anos. Plantaram-se em frente à minha mesa. A loura alta tirou a "saída de praia", um minúsculo biquíni branco cobria seu belo corpo, segurou firme o pau da sombrinha, enfiou-o cavando na areia até firmá-lo para receber a sombrinha multicolorida. A segunda moça, morena dos cabelos cacheados, abriu as três cadeiras alugadas, uma para cada colega, sentou-se ao sol, pegou uma revista de celebridades, cheias de fotos, folheou até encontrar boa notícia, comentou, o artista tal deixou a mulher, já estava com outra. A terceira, morena de cabelos lisos, Terezinha, ouvi bem o nome, segurou firme sua cadeira, abriu-a, em minha frente, continuou em pé, enfiou a mão numa pequena bolsa cheia de bugigangas femininas, conseguiu tirar um tubo de óleo. Iniciou o ritual, liturgia do alisado, massageava seu corpo bem torneado, cheios de curvas, de deixar eunuco excitado, passava vagarosamente suas mãos untadas por entre as pernas morenas. Tomando cerveja, eu admirava aquela prática, competentes mãos, devia ser massagista, pensava, sem tirar os olhos da moça, desbragadamente. De repente ela virou o rosto  como se procurasse alguém olhando, um possível "voyeur", disfarcei a vista. Ela notou-me, olhou novamente pelos lados. Como se ninguém tivesse olhando, colocou a mão por dentro do biquíni por trás, na parte glútea, alisou forte, massageando a bunda, eu descaradamente olhava embevecido aquele movimento de vai e vem, ao mesmo tempo irado, não pelo movimento, por sentir que ela me viu, tenho certeza, achou-me um idoso inofensivo, não importou minha presença, ofendeu meu ego, afinal tenho apenas 74 anos. O massagear glúteo compensou a ofensa.
Depois da quinta cerveja e dois acarajés, hora de almoço, juntei meus trecos na mesa, cheguei-me perto das vizinhas, pedi para dar uma olhada enquanto mergulhava, elas, simpáticas, sensuais, sorrindo disseram sim.

     Pulei as primeiras marolas, mergulhei de cabeça dentro ao mar verde esmeralda, nadei devagar um bom pedaço, retornei, relaxei o corpo imerso na água morna, ao longe avistei as três meninas, nem sabem, enriqueceram minha manhã de sábado na Jatiúca.   

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

MARINA COLASANTI VEIO À 1ª FLIMAR, DEU UMA PALESTRA DE PLACA. ESTÁ RETORNANDO EM 2014 Á V FLIMAR. LEIAM O COMENTÁRIO DE IGNÁCIO LOYOLA BRANDÃO NO ESTADÃO

Abaixo o que escreveu Ignácio Loyola Brandão no ESTADÃO em setembro de 2010:
” Décadas atrás, no Maracanã, Pelé saiu com a bola dominada, driblou o time adversário inteiro e marcou um gol que mereceu uma placa de bronze. Daí a expressão gol de placa. Saibam, todavia, que desde a semana passada existe a Palestra de Placa. Uma palestra tão incrível, emocionante, poética, avassaladora, que mereceu uma placa na cidade de Marechal Deodoro, Alagoas. Contarei aqui, logo, o que foi a Flimar, Feira Literária de Marechal Deodoro, organizada pelo Carlito Lima. Ele criou a 1.ª Palestra Literária de Placa, dada a Marina Colasanti, que falou durante hora e meia e pareceu sete minutos. Todos que circulam por este Brasil sabem, falar depois da Marina é desastre. Esperem, contenham a ansiedade.” (Ignácio Loyola Brandão - Estado de São Paulo)

PLACA PARA MARINA COLASSANTI
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“Dia 4 de setembro de 2010 no auditório do Espaço Cultural Santa Maria Magdalena da Alagoa do Sul, durante a 1ª Festa Literária de Marechal Deodoro – 1ª FLIMAR, a cronista, ficcionista, poeta e pintora, Marina Colasanti, em hora e meia de palestra, com suave e mágica maneira de contar histórias, fez os presentes viajarem no tempo e no espaço, ficarem embevecidos, enfeitiçados, pela relação fascinante e amorosa da escritora com os livros de sua vida. Marina foi aplaudida pelo auditório lotado, cerca de 10 minutos.”

Assinam, escritores, artistas: Ignácio Loyola Brandão (São Paulo), Adriana Ruiz (Buenos Aires), Maurício Melo Júnior (Brasília), Antônio Torres (Rio), Carlito Lima (Marechal Deodoro-Al), Ovídio Poli Júnior (Paraty), Homero Fonseca (Recife), Miriam de Sales (Salvador), José Inácio Vieira de Melo (Palmeira dos Índios -Al), Maria Luiza Russo (Rio) , Chico de Assis (Santa Luzia do Norte - Al), Luiz Berto (Palmares - Pe), Geraldo Majella (Anadia - Al), Zelito Nunes (Monteiro –Pb), Ricardo Cabus (Maceió - Al).

MAIS UMA VEZ O TRENZINHO DA BRASKEM MOSTRARÁ A CIDADE HISTÓRICA AOS VISITANTES


DJAVAN CONFIRMA PRESENÇA DURANTE A REALIZAÇÃO DA V FLIMAR

PROGRAMAÇÃO DA MESA LITERÁRIA SOBRE DJAVAN


DIA 14 DE NOVEMBRO (SEXTA-FEIRA)

AUDITÓRIO ESPAÇO CULTURAL


14:00 - 15:00 - MESA  - "A obra de DJAVAN sob a ótica ambiental" – Graziella Fritscher. Mediador: Cássio Cavalcante

15:00 – 16:00 – MESA  – “A metáfora na música de DJAVAN” – Heloísa Melo. Mediador: Ovídio Poli Júnior.

16:00 – 17:00 – MESA  – "A poesia e música de DJAVAN" - Ricardo Cravo Albin - Mediador: Maurício Melo Júnior.

17:00 – 19:00 – ENTREVISTA – DJAVAN – ( Entrevista ao vivo) – Ricardo Cravo Albin – Heloísa Melo – Goretti Lima –Luiz Gutemberg - Graziela Fritscher – Cristiano Matheus - Cássio Cavalcante -Íttala Nandi - Mediador: Rodrigo Cavalcante

19:00 - ENTREGA DO PRÊMIO DE CONTOS: "DJAVAN PARA CANTAR E CONTAR"
  Concurso de contos realizado pela Seceretaria Municipal de Educação. Os contos são inspirados em alguma letra de música de Djavan.  os 30 melhores contos serão editados num livro, DJAVAN PARA CANTAR E CONTAR

A CAIXA CONFIRMA PARCERIA APOIO À V FLIMAR

LAURENTINO GOMES CONFIRMADO NA V FLIMAR - ESCREVU A TRILOGOA DA HISTÓRIA DO BRASIL: 1808 ( O BRASIL E A CORTE DE D.JOÃO VI) 1822 ( A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL) E 1889 ( A PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA)

DIA 15 DE NOVEMBRO ( Sábado)

PALÁCIO PROVINCIAL (PREFEITURA MUNICIPAL) E ORLA
8:00 - 13:00 - Comemoração dos 125 anos da Proclamação da República pelo Marechal Deodoro da Fonseca.
Transferência da Capital e Governo do Estado para Marechal Deodoro
( Programação a cargo do Governo do Estado e do Município)

AUDITÓRIO ESPAÇO CULTURAL ALAGOA DO SUL

14:00 - 14:30 - MESA 13 - "PROCESSO DE CONSTRUÇÃO - HISTÓRICO DA CIDADE DE MARECHAL DEODORO" - Josemary Ferrare - Mediadora: Fernanda Gueiros

14:30 - 15:30 - MESA 14 - "1889" - Laurentino Gomes - Mediador Maurício Melo Júnior

15:30 - 16:30 - MESA 15 - O JORGE AMADO POUCO CONHECIDO - Janaína Amado - Paloma Amado- Mediador: Luiz Gutemberg

16:30 – 17:30 – MESA 16– "O CAVALO DE MICHELANGELO" - Marina Colasanti - Mediador: Maurício Melo Júnior

17:30- 18:30 - MESA 17 - TAVARES BASTOS - Aldo Rebelo - Mediador Wolney Rebelo


- ENCERRAMENTO DA V FLIMAR PELO PREFEITO CRISTIANO MATHEUS - ENTREGA DO PRÊMIO BRASKEM-FLIMAR – 2014, destinado à personalidade com história de vida dedicada à cultura e à arte alagoana. Em 2014 é agraciado é o historiador Douglas Apratto.

Prostituta formada em letras narra em livro experiências sexuais com clientes; leia trecho e veja fotos Lola Benvenutti escreveu "O prazer é todo nosso" a partir de vivências reunidas em blog com postagens sobre a própria trajetória


Formada em letras e mestranda, Lola estuda propostas para adaptar história ao teatro e ao cinema. Crédito: Victor Daguano/Divulgação
Formada em letras e mestranda, Lola estuda propostas para adaptar história ao teatro e ao cinema. Crédito: Victor Daguano/Divulgação

Na antessala da maioridade, a estudante Gabriela Natalia da Silva tomou uma decisão no mínimo inusitada para dar vazão ao desejo sexual nutrido desde a infância: adotou um codinome e resolveu cobrar dinheiro para transar. Era o passo mais ousado de um apetite libidinoso com o qual havia perdido a virgindade aos 11 anos em uma transa com um homem de 30 conhecido pelo bate-papo na web. "Eu caçava uns caras na internet que achava que não tinham 'perfil de assassino'. Me descobri muito cedo sexualmente e decidi cobrar. Já tinha curiosidade, era um processo natural", descreve (leia entrevista abaixo). Lola Benvenutti seguiu adiante na cruzada pelo prazer. Criou um blog e passou a relatar as experiências com os clientes. Angariou fãs, fama e reuniu a vivência em O prazer é todo nosso (Editora Mosarte, R$ 33,90, 169 páginas), lançado nesta segunda-feira (11).

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

HISTÓRIAS DO VELHO CAPITA - Carlito Lima

NO TEMPO DAS GARAÇUMAS

                                                               Avenida da Paz

            Fim da 1ª Guerra Mundial, 1918, Maceió ouve no rádio a capitulação dos alemães, o então Prefeito da cidade conclama a população para comemorar a paz na praia do Aterro. Bebidas e fogos rolando, Alagoas não foi à Guerra mas comemorou a paz com uma semana de festa, carnaval e desfile. Discursando entre emocionado e bêbado, o Prefeito prometeu construir ali na praia do Aterro uma Avenida, daria o nome de Avenida da Paz.
            Para puxar o saco dos militares na Revolução de 30, mudaram o nome para Avenida Duque de Caxias. Por muitos anos o povo continuou chamando de Avenida da Paz. Até que em 1991, o então vereador, homem de cultura e visão, jornalista Ênio Lins, solicitou a mudança definitiva para o nome original de Avenida da Paz. Se Deus e os homens de juízo quiserem o nome não mudará.
   Avenida da Paz de minha juventude, areia branca da praia limpa e o verde azulado do mar. Bicicleta, patins, brincadeiras de rouba-bandeira e gata-parida nos bancos da praça empurrando os meninos vizinhos até expelirem do banco.
            Jogar zorra, futebol na areia extensa e dura da praia. Mar a dentro subir nos trapiches pelas palafitas, pular da cumeeira caindo na água num mergulho delirante. Nadar até o cais do porto, os botos acompanhando, enormes e  inofensivos peixes nos protegendo.
           Numa noite de lua, Luzia pisou na areia da praia e na água morna da marola. Embaixo da ponte do Salgadinho levou minha inocência, a primeira vez ninguém esquece.
            Certo dia o cais do porto amanheceu repleto de pescadores, varas de pesca se cruzavam, acontecia a inexplicável invasão das garaçumas na enseada da praia da Avenida. Peixe delicioso de águas mornas, toda população de Maceió levou caniço e samburá para o cais ou nas canoas, lanchas e jangadas em mar aberto. Cardumes cobertos por tarrafas, redes e anzóis. Ninguém soube explicar o fenômeno. Peixe nadando em quantidade, não havia anzol ocioso, pescadores se gabavam terem pescado três garaçumas abocanhando apenas um anzol. A miséria da população acabou-se por alguns dias. Havia peixe para todos, o pobre, o rico, o miserável, criança, velho e mulher, todos viventes da cidade pescando garaçumas. Maceió tornou-se em festa, belas noites iluminadas por fachos dos pescadores. Foram doze noites e treze dias, o mar cinzento de peixe, cardumes e mais cardumes se renovavam entrando na enseada. Fenômeno inexplicável, extraordinário, bendito e inesquecível tempo das garaçumas.
            Mocinhas que não perdiam festa foram apelidadas de “garaçumas”. Nessa época os negociantes de automóveis encheram Maceió com um novo tipo de jipe americano vendido em grande quantidade logo chamado também de garaçuma. Até hoje assim são assim conhecidos.
            Anos 50 despertar da vida, adolescência seminua na praia, futebol no sítio da Sinhá, roubar manga, coco, melancia, caju nos sítios vizinhos. O Riacho Salgadinho uma fonte de lazer, jangada construída por nós com tronco de bananeira, saíamos remando, pescando de tarrafa, tainha e carapeba, e siri com tetéia, mergulhando no riacho de água clara e limpa, à noite uma farra, comer, se empanturrar de peixe frito pescado do dia, meninos felizes.
            O Coronel Mário Lima toda quarta-feira à noite brindava os moradores com retretas, concertos no coreto da Avenida, tocava a Banda do Exército, do 20° BC. Noites quentes e alegres, acariciando mãos das namoradas, jovens sonhadoras ouvindo músicas clássicas e populares, "Bolero de Ravel", "Blue Moon", músicas americanas, Cole Porter, Glenn Miller e os baiões de Luiz Gonzaga.
        Quando as famílias entravam, hora de dormir, guardando as cadeiras depois das 10 horas, a Avenida ficava deserta. A juventude sorrateiramente subia as íngremes escadas dos casarões de Jaraguá em busca de aventuras, de amor, às vezes as damas da noite não recebiam o pagamento devido, davam carinho aos jovens, mesma idade, muitos casos de amor, de namoro entre as meninas dos casarões e os meninos da Avenida.
            Jaraguá, ah! Jaraguá querido, quantas historias a contar, seus casarões seus armazéns, estavam para serem demolidos, destruídos por uma nova ordem na especulação imobiliária emergente, não aconteceu devido às mulheres da vida e aos boêmios terem ocupado por muitos anos aquelas casas noturnas. Devemos a preservação daquele patrimônio arquitetônico à boemia e às marafonas, benditas sejam as raparigas! Em uma parede do bairro pregaram anonimamente uma placa em homenagem às "Raparigas Desconhecidas" por conservarem, preservarem, por mais de 70 anos, os belos casarões do bairro boêmio de Jaraguá. Hoje patrimônio arquitetônico e histórico de nossa cidade.

            

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

ECOS DA 12ª FESTA LITERÁRIA DE PARATY





HISTÓRIAS DO VELHO CAPITA - Carlito Lima

A GULA



      Zacarias depois da morte da esposa sentiu necessidade de distração noturna, aliviar a dor. Numa noite de brisa foi assistir a um show de jazz no Bar do Rex. Não mais que de repente sentaram-se na mesa vizinha três jovens na faixa de 25 a 30 anos. Uma loura bem vestida, saia vermelha, outra loura de mini-saia, pernas bonitas e a terceira, uma simpática, risonha e bonita gordinha, vestido de renda longo, generoso decote mostrando a exuberância dos seios.
        Zacarias se encantou com a beleza angelical da rechonchuda. Nariz perfilado, boca pequena, lábios carnudos, pele branca, cabelos pretos.
       O viúvo viu a uva, nova, calculou ter o dobro de sua  idade. Depois de dois uísques ele conversava com as vizinhas. Eram pernambucanas, passaram três dias em Maceió trabalhando, voltavam no domingo, para o Recife. Carol, a gordinha, embarcava para Lisboa na segunda-feira, fazer um curso de teatro, seis meses.
      Zacarias estava embevecido com a conversa descontraída das jovens.  Sentiu no sorriso de Carol forte sinal de paquera. Diferença de idade não era empecilho.
  Depois do show, Zacarias levou as jovens na Casa dos Buguenvilles. Tocava suave música, convidou Carol para dançar. No salão se abraçaram, ele sentiu o colar do corpo da gordinha ao seu. Mudos, se acarinhavam deslizando ao som de "Blue Moon". De repente uniram as bocas num beijo contínuo. 
      Zacarias levou as pernambucanas ao hotel e Carol ao seu apartamento.
       No espelho do elevador se olharam abraçados, um belo e simpático casal de gordinhos. Ao entrarem, se beijaram, se abraçaram, Carol foi ao banho. O chuveiro jorrava água morna, Zacarias entrou, ensaboaram-se, enxugaram-se, deitaram na cama, a alcova do viúvo.
        Num momento de movimento frenético ouviu-se um estalo forte, a cama quebrou-se, o colchão arriou, peso dos gordinhos. Deram uma gargalhada.
      Num momento de descanso, olhavam o teto, Carol confessou.
       - “Meu amor quando faço amor, me vem  uma compulsão enorme, dá-me uma fome de anteontem.”
      Vestiram-se, desceram, encararam uma macarronada num restaurante italiano. Carol traçou a primeira rapidinho, pediu outra, Zacarias achou a maior graça, veio a terceira e quarta macarronada, inacreditável. Levaram mais duas macarronadas numa caixa para o apartamento.
       Dormiram como dois anjos de Botero. Ao acordar pelas 9 horas da manhã, Zacarias deixou sua amada entregue ao sono, levantou-se, escovou os dentes, barbeou-se, tomou banho, vestiu cueca limpa. Foi à geladeira beliscar alguma coisa, quando percebeu, não havia macarronada, saiu-lhe uma gargalhada espontânea tão alta que acordou Carol. Rolaram sorrindo na cama caída.
      Resolveram partir para o Recife, dormindo em Maragogi. Hospedaram-se no Hotel Salinas. À noite se divertiram no salão de dança, encheram a cara de uísque. De pilequinho dormiram sem fazer amor.
   Pela manhã, Zacarias acordou-se com um roçar do nariz da Carol,  cheirava seu namorado. Beijou-a nos lábios com carinho, lambeu-a. Carol estava voraz. Fizeram amor até mais tarde, a cama não despencou.
      Arrumaram-se para partir. Era domingo, véspera de viajar para Europa.
     Beleza o café da manhã, comida nordestina, frutas e sucos. O Salinas tem o melhor serviço de café da manhã do país. Zacarias em certo momento saiu para pagar a conta na recepção. Deixou a amada sozinha deliciando seu café da manhã.
          Meia hora depois retornou, percebeu um garçom espantado com aquela hóspede, não parava de comer, esvaziando pratos e enchendo-os novamente. Ao ver Zacarias saiu uma gargalhada cúmplice. Cochichou em seu ouvido: “Não pude resistir, você é o culpado dessa fome, meu amor."
      No Recife, Zacarias deixou-a numa mansão, gordinha rica, família tradicional.    
      À noite, como combinado, Carol apareceu na pousada. Viraram a noite com muito amor, cerveja e pizza. O viúvo estava encantado com a jovem alegre e feliz.
           O avião decolou, Carol pediu o primeiro lanche, nas sete horas de vôo comeu dezenove lanches, além do almoço, tomou champanhe na primeira classe pensando no gentil coroa sexy, até pousar no aeroporto de Lisboa.
           Zacarias não esquece a bela gordinha e o delicioso pecado da gula. Marcou passagem, no próximo mês, uma semana em Portugal comendo pastel de Belém, baba de camelo e a gordinha gulosa.












A ATRIZ E ESCRITORA ÍTALA NANDI CONFIRMADÍSSIMA NA V FLIMAR

ITTALA NANDI – Ítala Maria Helena Pellizzari Nandi – Caxias do Sul-RS 


Estreou nos palcos em 1958, na peça “Espetáculo 1920” de Jean Tardieu em Caxias do Sul –RS. Muda para SP em 1963, e torna-se sócia da Cia. de Teatro Oficina de São Paulo, ao lado de José Celso M. Corrêa, Renato Borghi e Fernando Peixoto. Em 1964 com a peça de Gláucio Gil “Toda Donzela tem um Pai que é Uma Fera” recebe seu primeiro prêmio como Melhor Atriz Coadjuvante concedido pela APCT, Associação Paulista de Críticos Teatrais. Atriz principal de peças memoráveis como “Pequenos Burgueses” de M. Gorki; “O Rei da Vela” de Oswald de Andrade, “Galileu Galilei” de B. Brecht. Em 1969 foi a primeira atriz a ficar nua nos palcos brasileiros na peça “Na Selva das Cidades” de B. Brecht. Bolsista do Governo Francês de 1967/68. Na TV Globo fez grande sucesso como Joana, a Louca do Sobrado em “O Direito de Amar” de Janete Clair e “Que Rei Sou Eu?” de Cassiano Gabus Mendes, como a cigana Lou Lou Lion. Atuou em 22 filmes, recebeu Prêmio Coruja de Ouro de Melhor Atriz pelo filme de Ruy Guerra “Os Deuses e os Mortos”; Prêmio Moliére de Melhor Atriz - Air France, pelo filme de Joaquim Pedro de Andrade “Guerra Conjugal”. Com o filme “Pindorama” de Arnaldo Jabor, representou o Brasil na Palma de Ouro – Cannes/1971; com o filme “Sagarana, o Duelo” de Paulo Tiago, representou o Brasil no Festival Internacional de Cinema de Berlim; com o filme “Prata Palomares” de André Faria representou o Brasil no Festival Internacional de Cinema na Espanha; Como Diretora e produtora realizou os documentários, longas metragens “In Vino Véritas” em 1980 e “Índia, o Caminho dos Deuses” em 1990. No ano de 1990 participa da novela ícone da televisão brasileira “O Pantanal” de Benedito Ruy Barbosa, dirigida por Jayme Monjardim. Como autora: em 1992 lança o livro “Teatro Oficina, Onde a Arte não Dormia” pela Editora Nova Fronteira RJ; em 1993 assume a Coordenação da Escola de Formação de Atores de Teatro, Cinema e TV na Faculdade da Cidade do Rio de Janeiro, além de ministrar a matéria de Artes Cênicas onde permanece até 2002; em 2003 recebeu o título de Doutora através de Notório Saber pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro- UNIRIO. Em 1994 traduz do italiano o livro “Educação em Valores Humanos – Uma Viagem do “EU” ao “NOS”, de Antonio Craxi, educador italiano irmão do ex-Primeiro Ministro Italiano Bettino Craxi - Editora Meca – SP. Participou de mais de uma dezena de Festivais de Cinema nacionais e internacionais com filmes ou peças teatrais; entre os anos de 1995 a 2003 participa como atriz de diversas montagens teatrais entre elas: “O Capataz de Salema” de Joaquim Cardozo, “Um Equilíbrio Delicado” de E. Albee ao lado de Tônia Carreiro e Walmor Chagas; produz e interpreta a peça de Máximo Gorki “Vassa, A Dama de Ferro”; em 2004 pela Editora Hucitec lança o livro “Teatro Começo Até...”. No ano de  2005 cria e inaugura a Escola Superior Sul Americana de Cinema e TV do Paraná – CINETVPR na Capital Curitiba/PR e nesse mesmo ano realiza o 1º. Festival do Paraná de Cinema Brasileiro Latino no Museu Oscar Niemeyer – MON. Em 2005 é contratada pela TV Record – RECNOV-RJ e atua como Maria Eduarda na novela Tiago Santiago “Prova de Amor”. Como Dra. Julia faz a trilogia “Caminhos do Coração - Os Mutantes” entre 2007, 2008 e 2009, com direção de Alexandre Avancini. Aos 9 de novembro de 2011 recebe a insígnia de Comendadora pela Ordem do Mérito Cultural do Governo Federal. Em 2012 atua na minissérie “Sansão e Dalila” sob a direção de João Camargo, para a TV Record, emissora com a qual tem contrato de exclusividade até 2016. Em 2013 atua na novela “D.Xepa”direção de Ivan Zettel. Coproduz com a Cia.Guerreiro a adaptação para o teatro do roteiro cinematográfico: “Paraíso Agora ou Prata Palomares” original de André Faria e José Celso M. Corrêa, dirigida por Jorge Farjalla. Para comemorar 55 anos de profissão é lançada em setembro de 2013 sua biografia “Ittala Nandi - O Caminho de uma Deusa” de autoria de Claudio Valentinetti pela Editora Giostri. Em outubro 2013 recebe o Prêmio Arte Qualidade Brasil. 2014 – atuou na Minissérie “Os Milagres de Jesus” no episódio  “O Cego de Jericó” para a TV Record; em junho lançou no Rio de Janeiro seu romance “O Sonho de Vesta” pela Editora Jaguatirica.